Quando dá vergonha de Rocha Loures

(por Ruth Bolognese) – O depoimento do ex-deputado federal, Rodrigo Rocha Loures ao juiz federal Jaime Travassos, de Brasília, foi descrito pelo jornalista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, sob o título “Rocha Loures tenta provar que é um débil mental”. Nada mais verdadeiro e mais nem precisaria ser dito.

Rocha Loures foi protagonista de um dos piores momentos dos cinco anos da Operação Lava Jato: pela dissimulação, pela covardia e pela tentativa de utilizar argumentos primários na defesa do indefensável.
Na explicação das imagens onde ele aparece correndo com uma mala de R$ 500 mil reais pelas ruas de São Paulo em direção a um taxi, Rocha Loures diz que ficou muito nervoso, quando o executivo Ricardo Saud, da JBS, o abordou no estacionamento de uma pizzaria e lhe entregou uma mala, recomendando que corresse para pegar o avião. Pegou a mala, seguiu para a casa dos pais onde a guardou no armário do quarto de hóspedes e depois, no mesmo taxi, pegou um avião que o levou para Londrina. E mais não diz.

Homem feito, bem formado, deputado federal, ex-assessor graduado de Roberto Requião, viajado e traquejado na assessoria direta do presidente da República, Michel Temer, contou uma história que não cola nem com reza braba. Pior, passa um atestado de completa insanidade, como diz Josias de Souza, e entra direto para o rol do folclore da corrupção no País.

A declaração de culpado poderia até lhe dar alguns anos de cadeia. Mas manteria a dignidade, sem a qual nenhum homem pode olhar no espelho pela manhã.

6 COMENTÁRIOS

  1. O corrupto flagrado, tende a criar uma realidade para justificar seus atos, por mais irracionais, quando confrontados com os fatos. Fica assim uma loucura sem pé nem cabeça. O advogado não faz milagres…

  2. Esse é só um dos milhares de exemplos de “homens” públicos de nosso triste país. Representa muito bem os milhares de eleitores paranaenses que o levaram à condição de fazer o que foi flagrado e outras coisas, inimagináveis para nós, cidadãos comuns.

  3. Políticos, empreiteiros e pedageiros se consideram acima do bem e do mal. Acham que nada os atingirá, mas acabarão mortos um dia. E após sua morte seus filhos serão vítimas de quem busca justiça.

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