O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) divulgou nota para repudiar os abusos sofridos pelos profissionais de engenharia da Secretaria de Educação do Paraná (Seed), retaliados ao se oporem à assinatura de relatórios e documentos falsificados. De acordo com o dono da Construtora Valor, em delação na Operação Quadro Negro, engenheiros da secretaria eram “trocados” caso não assinassem documentos com medições falsas de obras para liberação de pagamento às construtoras.
Um vídeo com a delação de Lopes, envolvido no esquema que desviou R$ 20 milhões da construção e reformas de escolas estaduais na gestão de Beto Richa (veja o vídeo). Para receber os pagamentos, a construtora dependia da assinatura de engenheiros da Seed atestando o andamento das obras. Segundo o delator, os engenheiros se recusavam assinar quando “viam que a coisa estava totalmente fora”. Nestes casos, o profissional era “trocado” até que alguém aceitasse assinar.
Na nota, o Senge diz condenar todo e qualquer ato ilícito, independentemente da profissão e da condição de prática.
O conteúdo da delação revela as condições de precarização e de assédio constante que engenheiros vivenciam em várias esferas do poder público. Desta forma, o Senge se solidariza aos profissionais que, em risco às suas carreiras, não compactuaram com as ações irregulares no acompanhamento dos contratos denunciados na Quadro Negro.
É bem fácil falar né? Engenheiros com trabalho enfiado até o olho do nariz e pressões externas pra assinar. Bem vê que tem não compaixão alguma pelo próximo. Ótima atitude da Senge. Aguardando posição do CREA-PR.
Boa Tarde,será que alguém em sã consciência acredita no vídeo do ex-governador Beto Richa,se dizendo inocente e vítima de armação para tão somente prejudicá-lo em ano eleitoral, e assim que soube das falcatruas foi ele que mandou investigar com todo o rigor.Minha gente e eleitores do nosso Paraná e Brasil,o salário mensal dos nossos políticos é apenas uma gorjeta em relação ao que ganham com as mutretas e falcatruas com o dinheiro público,deve ser por isso tudo que a briga é ferrenha para entrar na vida pública,então vamos pensar muito bem o que vamos fazer com o nosso voto nas próximas eleições.
A sociedade paga a estabilidade de emprego para isso. Resistir a pressões. Os engenheiros que resistiram não fizeram nada mais do que a sua obrigação. Os que cederam merecem o olho da rua e devem acertar as constas com a Dona Justa. Está correto o sindicato ao denunciar a situação, mas faltou fazer este esclarecimento. Esta omissão do sindicato pode vir a custar a estabilidade para todos os funcionários públicos.
Gostaria de ver um posicionamento oficial do CREA-PR.
Ou vão alegar que são engenheiros distantes.