O advogado Omar Geha, que vinha negociando com a Procuradoria Geral da República (PGR) os termos da delação de Maurício Fanini, deixou a defesa do ex-diretor da Educação, amigo e ex-assessor de Beto Richa, que foi o pivô da Operação Quadro Negro.
As razões da saída de Geha como defensor de Fanini não são ainda conhecidas, mas pode ter relação com o fato de que até o mês de maio, quando o STF acabou com o foro privilegiado de parlamentares federais e governadores, o inquérito saiu de Brasília e passou a ser conduzido pela primeira instância, em Curitiba.
Na delação negociada com a PGR e que foi vazada no mês passado, Fanini relatou que propinas resultantes do desvio de R$ 20 milhões de verbas públicas que deveria ter sido aplicadas na construção de escolas, eram de conhecimento do ex-governador e de vários integrantes de sua assessoria mais próxima no Palácio Iguaçu. E que, por meio do primo-distante Luiz Abi Antoun, R$ 500 mil teriam sido destinados à compra de um apartamento para o filho de Beto Richa.
Fanini se encontra preso na Polícia Federal, no bairro Santa Cândida. Aguardava receber os benefícios negociados pelo advogado junto à PGR para responder o processo em liberdade. No entanto, diante do declínio da competência para a primeira instância e agora com a homologação à espera de investigações do Gaeco e da 9.ª Vara Criminal de Curitiba, foram interrompidos os procedimentos que já se encontravam adiantados.
Vão ferrar o Fanini. Sifu. Vai ser o único preso nessa história. Quem mandou delatar tucanos que não vêm ao caso? Frouxo e babaca!