Num trecho de sua longa delação, Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora Valor, cita o colunista da Gazeta do Povo e editor deste Contraponto, jornalista Celso Nascimento.
Não com o mesmo tipo de referências que faz ao governador Beto Richa, aos deputados Ademar Traiano, Valdir Rossoni, Plauto Miró e Tiago Amaral. Ou a Luiz Abi Antoun (o primo distante) e Ezequias Moreira Rodrigues (o homem da sogra fantasma). Ou ainda a Maurício Fanini e tantos outros que participaram do propinoduto que desviou milhões da Educação e prejudicou milhares de crianças que ficaram sem escola.
A citação se dá num trecho em que os envolvidos descobrem que o jornalista estava buscando informações para confirmar os rumores que davam conta da existência do esquema criminoso de desvios de verbas que deveriam ser destinadas à construção e reforma de escolas.
A preocupação tomou conta do grupo, a tal ponto que Fanini, o diretor da Educação que articulava todo o esquema de propinas, torcia para que jornalista fosse “comprado” para que o assunto não chegasse à imprensa. Frise-se: não houve nem sequer tentativa de compra.
No dia 9 de junho de 2015 a coluna na Gazeta do Povo, com o título Xeque-mate, desvendou os fatos que precipitaram a instauração da Operação Quadro Negro, como confirma o delator Eduardo Lopes de Souza:
Algum tempo depois, o FANINI comentou comigo que o jornalista CELSO NASCIMENTO estava ligando na Casa Civil pedindo informações sobre as obras nas escolas e que estava preparando uma matéria sobre o assunto. O FANINI comentou “tomara que eles consigam comprar o CELSO”. Todavia, dez dias depois o FANINI e o SUNYE foram chamados na diretoria da Casa Civil e foram comunicados que estavam sendo exonerados dos respectivos cargos. Dois ou três dias depois saiu a matéria na Gazeta do Povo. A partir daí o plano de executar as obras não foi mais pra frente.
e o cunhado do Fanini, assessor e pau mandado… pressionava funcionários está ileso, ….
A justiça além de ser branda, chega a ser imputável