A reportagem informa também que das 18 obras, dez dizem respeito à construção de escolas, cujos contratos movimentam a maior parte de recursos: sete correspondem a edificações de Centros Estaduais de Educação Profissional (CEEPs) e três Unidades Nova Escola (UNVs). As outras oito obras estão relacionadas a reformas e/ou ampliações de colégios estaduais – dos quais quatro ficam em Curitiba.
Quadro Negro é bem maior
Reportagem do jornal Gazeta do Povo mostra que o Quadro Negro é muito maior do que se pensava. O repórteres Felippe Anibal e Euclides Lucas Garcia obtiveram documentos e informações junto ao Ministério Público Estadual que indicam que há pelo menos outros 18 escolas em várias regiões do estado em que se deu o mesmo esquema de desvio de recursos já comprovado nas sete obras que eram tocadas pela Construtora Valor.
À frente do esquema estaria também o mesmo ex-diretor da Educação Maurício Fanini, que autorizava falsas medições das obras, dando-as como adiantadas, como forma de fazer pagamentos adiantados e auferir propinas das empreiteiras.
“A nova fase da Quadro Negro – diz a Gazeta do Povo – atinge em cheio outras 13 construtoras, responsáveis pela execução de contratos que passaram a ser investigados. Com a ampliação da operação, deve-se constatar que os desvios já causados pelo esquema de corrupção são bem maiores que os R$ 20 milhões apontados até agora pelas investigações, que então haviam se debruçado em contratos executados pela Valor Construtora e que ligam a cúpula do governo do Paraná às irregularidades – conforme delação do empresário Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor. Algumas das empresas alegam que foram vítimas do esquema.”