A Executiva Nacional do PSL pretende suspender das atividades de 17 parlamentares alinhados ao presidente Jair Bolsonaro na tentativa de recuperar a liderança do partido na Câmara dos Deputados. A lista inclui dois deputados federais paranaenses: Aline Sleutjes e Filipe Barros (foto), que ficaram ao lado de Bolsonaro na briga entre o presidente da República e a direção nacional da sigla, comandada pelo deputado federal Luciano Bivar. A medida ainda precisa ser referendada pelo diretório nacional da legenda, que tem reunião marcada para o próximo dia 11.
Uma parte da direção da sigla tende a rejeitar a medida para evitar o prolongamento d a briga interna no PSL, que se arrasta desde outubro de 2019. Dirigentes ligados a Bivar, porém, acreditam que é necessário reforçar a posição contrária à conduta dos bolsonaristas para isolá-los internamente.
No ano passado, 14 deputados federais já haviam sido suspensos pelo partido e tiveram a decisão homologada pela Câmara. Filipe Barros é um dos articuladores, no Paraná, da formação da “Aliança pelo Brasil”, novo partido de Bolsonaro. Ele, inclusive, vem rodando o Estado com um ônibus apelidado de “Busão da Aliança”, em busca de apoio para a criação da nova sigla.
Maioria
Um dos objetivos da ala ligada a Bivar era conseguir a maioria dos 53 deputados para emplacar Joice Hasselmann (SP) na liderança da bancada no lugar de Eduardo Bolsonaro. Joice chegou a ser nomeada líder do PSL. Os parlamentares punidos, porém, conseguiram reverter as sanções na Justiça e Eduardo retomou o posto. O objetivo do novo ato é conseguir mais uma vez a maioria da bancada para fazer de Joice a líder do partido no lugar de Eduardo em definitivo. Suspensos das atividades partidárias, eles não podem representar o PSL na Câmara. (Com informações do Bem Paraná).