PSB insiste no convite a Osmar

O ex-senador Osmar Dias está mais próximo de vitaminar sua candidatura e ao mesmo tempo conciliar duas condições a que vem se impondo desde o começo: não se desfiliar do PDT se não for necessário e não sofrer embaraços para apoiar o irmão Alvaro Dias, candidato do Podemos ao Palácio do Planalto.

A possibilidade de conciliação ficou mais clara na manhã de ontem (segunda-feira, 29), em Brasília, quando conversou por mais de duas horas com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que o chamou para repetir pela enésima vez convite para se filiar ao partido, dando-lhe a garantia de que será o candidato da sigla ao governo do estado e com liberdade para apoiar Alvaro, mesmo porque o PSB não pretende lançar candidato próprio à presidência. A prioridade é investir em dez candidatos que já reconheceu como viáveis a governos estaduais.

Osmar revela ao Contraponto, porém, ter dito a Siqueira que sua pretensão não é sair do PDT, mas construir uma aliança com o PSB, legenda com programa doutrinário semelhante ao trabalhismo de Brizola e que lhe dará maior estrutura, recursos do fundo partidário e tempo de televisão. Siqueira não fez, em princípio, objeção à posição de Osmar, que, por sua vez, também não fechou as portas para uma eventual filiação ao PSB.

Convites para assinar ficha no PSB vêm desde o início do ano passado pelas mãos dos deputados Luiz Cláudio Romanelli e Alexandre Curi. Osmar não recusou o convite, mas considerou precipitado tomar uma decisão naquele momento. A demora foi interpretada pelo presidente estadual Severino Araújo como uma rejeição e, sem consultar as demais lideranças do partido, “desconvidou” Osmar. O “desconvite”, porém, não foi acompanhado nem pela bancada do PSB na Assembleia nem pela direção nacional do partido.

Sobre sua permanência no PDT – partido a que está filiado desde 2002 e do qual é presidente estadual – Osmar diz estar condicionada apenas à liberação para apoiar o irmão e não o candidato pedetista Ciro Gomes. Esta condição já foi exposta por Osmar ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em encontro que tiveram em Curitiba dia 11 deste mês. Lupi nada decidiu sobre a exigência de Osmar e adiou a posição da sigla para reunião nacional que se realizará em março.

Caso o PDT nacional mantenha a exigência de apoio a Ciro, a alternativa mais segura é a filiação ao PSB, desde que o partido, no Paraná, se comprometa prévia e claramente em se colocar em campo oposto ao grupo político dominante, que já tem dois candidatos – a vice-governadora Cida Borghetti (PP) e o deputado Ratinho Jr. (PSD).

 

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