Há um racha visível entre as federações empresariais do Paraná quando o assunto é pedágio. O presidente da Federação das Indústrias (Fiep), Edson Campagnolo quer que novas licitações sejam feitas ao fim dos atuais contratos de concessão, em 2021, para permitir maior concorrência entre empreiteiras e a criação de um novo modelo tarifário que, na opinião técnica, seja menos danoso à economia estadual.
Já o presidente da Federação da Agricultura (Faep), Agide Meneguete, defende posição contrária: prefere que os contratos com as mesmas empreiteiras atuais sejam prorrogados para além de 2021 sob a condição de que executem as obras necessárias e cobrem tarifas mais acessíveis – na mesma linha que já foi defendida (e abandonada) pelo governador Beto Richa.
A tendência favorece Campagnolo nesta dissenção: o ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rego Filho veio ao Paraná para dizer ao presidente do Tribunal de Contas do Estado, Durval Amaral, que a posição do TCU também é pela realização de nova licitação. Da mesma forma, uma medida provisória (a 752), que teve como relator o deputado Sergio Souza (PMDB-PR), caminha no mesmo sentido.