Promotora carioca pede afastamento do caso Marielle

A promotora de Justiça do Rio de Janeiro Carmen Eliza Bastos de Carvalho pediu nesta sexta-feira (1) afastamento da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A representante do Ministério Público carioca teve sua imparcialidade questionada após a repercussão de fotos dela apoiando o presidente Jair Bolsonaro nas eleições. “Em razão dos acontecimentos recentes, que avalia terem alcançado seu ambiente familiar e de trabalho, Carmen Eliza optou voluntariamente por não mais atuar no Caso Marielle Franco e Anderson Gomes pelas razões explicitadas em carta aberta à sociedade”, informou o MP-RJ.

Em imagens de seu perfil no Instagram, que circulam nas redes sociais Carmen comemora a posse de Bolsonaro, além de aparecer em fotos da época da campanha eleitoral usando uma camisa com o rosto do então candidato. Há, também, uma foto ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL). que quebrou uma placa com o nome de Marielle durante a campanha eleitoral de 2018.

Numa entrevista coletiva na última quarta-feira (30), o MP revelou que era falso o depoimento do porteiro que associou o nome do presidente Jair Bolsonaro ao de um dos suspeitos de ter participado da morte de Marielle. Essa foi a primeira vez que Carmem Eliza Bastos participou de uma coletiva de imprensa sobre o caso. Em ocasiões anteriores, a responsabilidade de dar explicações aos jornalistas sobre o rumo das investigações foi das promotoras Simone Sibilio, coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e Letícia Petriz.

 

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