Tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei que determina que o gênero dos indivíduos seja baseado no sexo biológico ao nascer e nas características sexuais primárias e cromossômicas – definidas no texto como “aquelas que o indivíduo possui no momento de seu nascimento”.
Apresentado pelos deputados federais Filipe Barros (PSL-PR) e Major Fabiana (PSL-RJ), “o projeto pretende dar clareza às discussões sobre o assunto e segurança aos legisladores quando usarem o termo gênero em suas ações legislativas, de modo que seus textos não tenham o significado deturpado”, afirmam.
Os parlamentares dizem que existe diferença entre “a definição de gênero a que o legislador se refere quando usa o termo o termo – que seria um sinônimo para sexo biológico – e o que os entusiastas da ideologia de gênero querem que ele signifique”.
Eles citam a filósofa norte-americana Judith Butler como “uma das criadoras desse novo significado do termo gênero”, ao conceituar o termo da seguinte forma: “o gênero é uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal do sexo, nem tão aparentemente fixo como o sexo”.
Na Câmara, tramitam propostas com entendimento oposto ao pretendido por Filipe Barros e Major Fabiana, como o Projeto de Lei 5008/20, que proíbe a discriminação baseada na orientação sexual ou identidade de gênero em banheiros de uso público. Pela proposta, o uso desses espaços poderá ser feito de acordo com a identidade de gênero com a qual o sujeito se identifica. (ACN).