O jornal Correio Braziliense informa que a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Distrito Federal e do Tocantins, Valesca de Morais do Monte, está empenhada em pôr fim a uma das pragas dos concursos públicos: os cadastros de reserva.
Segundo ela, as seleções realizadas por órgãos públicos, muitos só com vagas de cadastro de reserva, servem apenas para encher o caixa das bancas contratadas para elaborar as provas. Quase ninguém é chamado para preencher os cargos. O jornal explica que criar falsas expectativas num país com mais de 12 milhões de desempregados, com muita gente tentando melhorar de vida, chega a ser criminoso.
Para a procuradora, quem faz concurso quer ter a garantia de que, se aprovado, será chamado para ingressar no setor público. Não é justo, no entender dela, criar expectativas e, depois, frustrá-las, o que tem sido recorrente.
Pelo menos no caso do governo federal, de acordo com promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, não haverá concursos públicos pelos próximos anos. Ele afirma que cerca de 40% dos servidores atuais deverão se aposentar nos próximos cinco anos. Eles serão substituídos, em grande parte, pela tecnologia.Mas, no caso de estados, municípios e estatais, a formação de cadastros de reserva nos concursos continuará dando trabalho ao Ministério Publico.