Até o último dia 9, o advogado Sandro Kozikoski atuava na defesa de Juliano Borghetti, reu na Operação Quadro Negro, que investiga o caso do desvio de verbas da Educação para reforma e construção de escolas que não saíram do papel. Dois dias depois (11), Kozikoski foi nomeado procurador-geral do Estado pela governadora Cida Borghetti, irmã do reu.
Conforme o Contraponto vinha antecipando, a primeira tentativa foi nomear para a Procuradoria Geral do Estado o advogado Flávio Pansieri, sócio do escritório de Diego Campos, genro de Cida, e que também atuava na defesa de Juliano. A repercussão negativa fez a governadora refluir, mas acabou nomeando outro sócio do mesmo escritório, Sandro Kozikoski.
A ligação do escritório Pansieri, Kozokoski & Campos Associados com a família Barros foi confirmada pelo repórter Felippe Aníbal, da Gazeta do Povo.
Antes mesmo de terem vindo a público tais relações, já reinava insatisfação no interior da PGE. Seus 272 procuradores chegaram a levar à governadora uma moção em que pediam que fosse respeitada a tradição de ocuparem o cargo profissionais integrantes do quadro próprio da Procuradoria.