A defesa do primo-distante Luiz Abi Antoun, considerado como “caixa geral” do esquema de propinas que teria sido montado ao longo dos mandatos do ex-governador Beto Richa, informa que ele já tem passagem de volta comprada: embarca em Beirute (Líbano) e desembarca em São Paulo dia 6 de outubro. E deve se apresentar ao juiz da 23.ª Vara Criminal Federal de Curitiba para cumprir a prisão temporária que foi decretada contra ele por envolvimento nos fatos investigados pela Operação Integração II.
Luiz Abi viajou para o Líbano dias após ter sido solto por salvo-conduto do ministro Gilmar Mendes, que também beneficiou Beto Richa e outros 13 indiciados em outra operação, a Rádio Patrulha, conduzida pelo Ministério Público Estadual (Gaeco) e expedida pelo juiz da 13.ª Vara Criminal de Curitiba.
O Ministério Público Federal, que pediu a nova prisão, queria saber que juiz teria concedido licença para que Luiz Abi viajasse para o exterior, já que ele é reu de outras ações e deve prestar contas de seus deslocamentos à Justiça – no caso, ao juiz Julio Nannuncio, da 3.ª Vara Criminal de Londrina. Ocorre que a viagem ocorreu num sábado, mas só na segunda-feira é que o juiz foi comunicado. Não houve, portanto, prévia autorização.
Já está nas mãos de Gilmar Mendes pedido feito pelos advogados para que o ministro do STF aplique a Luiz Abi o mesmo entendimento que teve em relação a Beto Richa – isto é, de mandar soltá-lo por entender que a prisão temporária se assemelhava à proibida condução coercitiva. A PGR já se manifestou contrária à repetição da artimanha.
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