Presidente pensa demitir comandante do Exército e renomear Ramagem

Informações vazadas de fontes palacianas e de políticos com trânsito no Planalto antecipavam esta noite (domingo, 3) que o presidente Jair Bolsonaro estaria pronto para colocar em prática o que ele insinuou na transmissão que fez pela manhã a apoiadores concentrados na frente da rampa do palácio: que perdeu a paciência, chegou ao limite e que não mais permitiria a interferência dos outros poderes em seu governo.

O cumprimento dessas insinuações se daria por meio de dois atos: contrariando decisão judicial, renomearia o delegado Alexandre Ramagem diretor-geral da Polícia Federal, e demitiria o comandante do Exército, general Edson Pujol.

Ramagem chegou a ser nomeado na quinta-feira (30), mas foi impedido de tomar posse horas antes em razão de decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) – ato que Bolsonaro considerou uma interferência do Judiciário numa prerrogativa exclusiva do presidente da República. A nomeação foi anulada no mesmo dia, mas, agora, para marcar posição de que fará “cumprir a Constituição”, estaria disposto a renovar a nomeação de Ramagem.

Quanto ao comandante do Exército, general Pujol, a razão de sua eventual remoção do posto seria a de que o militar tem se mostrado resistente a medidas autoritárias do presidente e crítico do comportamento adotado por Bolsonaro quanto ao combate ao coronavírus – posição que o general já deixou clara em boletim no qual afirmava ser a luta contra a pandemia a “maior missão de nossa geração”.

A semana promete.

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