(por Ruth Bolognese)- A duplicação da PR 323, entre Maringá e Francisco Alves, promessa de campanha do governador Beto Richa, é reivindicação antiga de uma das mais ricas regiões do Estado. Ali ninguém entende que, contribuindo com tanto imposto, empregos e desenvolvimento, a população não tem seu principal benefício atendido.
É vergonhoso mesmo. Quem trafega pela rodovia, sabe o perigo que corre, com caminhões bi trem, imensos, carregados de soja a cana, serpenteando através de buracos e em pista única.
O governo do Coitadinho do Beto detecta há muito tempo a insatisfação de toda a região e sabe que, se ao menos não iniciar as obras de duplicação, os índices das pesquisas vão continuar rastejando.
Fora da duplicação, nenhum argumento convence a população. Nem mesmo o afável Pepe Richa, secretário de Infra Estrutura, percorrer algum trecho mais complicado e anunciar uns penduricalhos de terceira pista ou acostamento. Ele vem fazendo isso sempre que acontece um grave acidente, desde que a empreiteira Odebrecht saiu de fininho, enrolada com a Lava Jato. O povo fica mais irado ainda.
E é bom que o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, saiba do que está falando quando promete a duplicação da estrada com recursos próprios do caixa do Governo. Algo em torno, se não for mais, de R$7 bilhões. Começar a obra, ganhar a eleição e depois paralisar, alegando falta de recursos, será mil vezes pior.
Jaime Lerner fez isso com o Pedágio, abaixou, venceu a eleição e depois subiu de novo. Os paranaenses nunca o perdoaram por isso.