O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu na tarde desta terça-feira (25) arquivar o pedido de abertura de processo disciplinar contra os procuradores da República Deltan Dallagnol, Roberson Pozzobon e Júlio Noronha no caso do PowerPoint utilizado numa entrevista coletiva à imprensa para mostrar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chefiava uma organização criminosa. Por unanimidade, o CNMP considerou que o caso já prescreveu.
Oito dos dez conselheiros disseram que, caso não tivessem demorado tanto para julgar o assunto e as penas não estivessem prescritas, havia motivos para instauração de processo administrativo disciplinar (PAD).
O julgamento se encaminhava para a abertura do processo, mas o conselheiro Sebastião Caixeta, que era a favor de abrir o processo, mudou o voto durante a tarde e reconheceu a prescrição das punições, caso fosse aberto o PAD. Os conselheiros Otavio Rodrigues, Bandeira de Mello e Fernanda Marinela, que haviam votado a favor de abrir o processo, então, mudaram de voto e também declararam as penas prescritas.
Com isso, todos votaram contra a abertura do processo. O vice-procurador-geral a República, Humberto Jacques de Medeiros, se declarou suspeito no caso e por isso só dez conselheiros se pronunciaram.
Depois das manifestações dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(Cristiano Zanin Martins) e dos procuradores (Felipe Mesquita), o conselheiro Bandeira de Mello disse que o caso estava, de fato, prescrito.
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