(da Agência Folhas e canal Foco do Brasil) – No primeiro Sete de Setembro sem desfile desde a ditadura militar, uma cerimônia mais enxuta na frente do Palácio da Alvorada provocou aglomeração de apoiadores, autoridades e jornalistas nesta segunda-feira.
A parada militar do Dia da Independência foi cancelada pelo Ministério da Defesa no início de agosto, quando portaria do ministro Fernando Azevedo orientou as Forças Armadas a se absterem de participar de “quaisquer eventos comemorativos” como desfiles e paradas.
O objetivo era evitar aglomerações tanto de militares na cerimônia como de civis nas arquibancadas em meio à pandemia do novo coronavírus.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro foi centro da atenções, foi chamada freneticamente de “mita” por apoiadores do presidente, durante a cerimônia em frente ao Palácio da Alvorada. Ninguém se aventurou a perguntar porque ela recebeu em sua conta bancária R$ 88 mil depositados por Fabricio Queiroz.
Os presentes ficaram numa área ao sol, em pé. Um pequeno grupo buscou abrigo embaixo da única árvore que, na seca de Brasília, ainda tinha uma copa com folhas. Em ao menos dois momentos, a Folha presenciou desentendimentos entre apoiadores, rapidamente contornados.
Ao contrário do que acontece diariamente no Palácio da Alvorada, a claque ficou mais afasta da imprensa, que foi posicionada em um palanque elevado e coberto. Os dois grupos estavam de frente para o jardim do palácio.
A primeira a aparecer foi Michelle Bolsonaro, que chegou a pé, acompanhada do secretário especial de Cultura, Mario Frias. De máscara, Michelle foi até o público e apertou as mãos de várias pessoas.
À medida que ela se deslocava, dois servidores passavam oferecendo álcool em gel à plateia. Michelle ouviu gritos de “mita”, em alusão ao apelido do marido.
Na cabeça dos seguidores do presidente desviar dinheiro público da assembleia tudo bem! Afinal a primeira dama precisa comprar uns presentinhos…