Porto dos chineses afunda projetos paranaenses

Se os chineses da CMPort, uma das maiores operadoras portuárias do mundo, fecharem a compra da área de 5 milhões de metros quadrados no Imbocuí – colada ao Porto de Paranaguá – para construir um enorme terminal de contêineres, estarão fadados à morte muitos projetos grandiosos que vêm sendo anunciados há anos e que agora foram revitalizados pela propaganda do governo estadual.

O porto que os chineses querem construir no litoral do Paraná tende a inviabilizar de vez o planejado porto do Pontal, na Ponta do Poço, em Pontal do Paraná, defronte à ilha do Mel, também para contêineres, que há décadas tem ocupado o tempo e gasto neurônios e recursos do empresário paranaense João Carlos Ribeiro, que não consegue tirá-lo do papel.

O porto de Pontal, para ser eficiente, precisa, no entanto, de grandes investimentos públicos em infra-estrutura e de uma ligação rodoviária a partir da Estrada das Praias até Pontal do Paraná, agredindo uma grande área de Mata Atlântica nativa e preservada até hoje.

O governador Beto Richa, neste restinho de governo, prometeu fazer os investimentos necessários, incluindo a Ponte de Guaratuba, para permitir que cargas com destino e/ou provenientes do Sul do país e do interior do estado pudessem utilizar o Ponta do Poço.

Se o Porto do Imbocuí sair com a mesma pressa que os chineses demonstram em todos os empreendimentos em que colocam a mão ao redor do mundo, naufragarão tanto o Ponta do Poço quanto as boas intenções de Richa de colocar dinheiro público para viabilizá-lo.

A CMPort oferece uma vantagem a mais: se compromete a custear toda a infra-estrutura da retroárea portuária. Eles sabem que nenhum porto funciona se as cargas não puderem chegar e sair dele.

5 COMENTÁRIOS

  1. O Porto Pontal é um investimento privado muito seguro e não será retido apenas porque alguém pretente fazer outro porto.
    A competição é que dará ao Parana o mesmo que existe hoje em Santos e Santa Catarina.
    Opção de terminal, bons preços e produtividade.

    Devemos lutar contra o monopólio….sempre!

  2. Após a venda da TCP para o grupo empresarial chinês! O qual o próprio Porto que seria instalado, também tinha interesses na venda, desde que fosse liberado para que fosse possível a negociação. Com a venda frustrada, restou ainda o projeto da instalação, com vistas a negócios futuros. Pois o mundo empresarial deste ramos funciona exatamente desta forma, sim ou não? São apenas negócios, e agora com esta notícia de que outro grupo chinês irá adquirir área no Imbocuí, resta prejudicado a negociação, mesmo que futura para o Porto do segundo maior calado do mundo.

  3. Discordo, a construção de um porto não exclui e elimina a instalação do outro. Há espaço para sair vários portos no Paraná, quanto mais portos será melhor para o exportador, para o povo da região com abertura de vagas de emprego. Santa Catarina tem uns 05 a 06 portos, porque o Paraná não pode ter 05 Portos?

  4. Esta história do Porto de Pontal, se arrasta já a algum tempo e sempre serve de efeito midático do governo.
    Da mesma forma a tal ponte em substituição da travessia que hoje é feita por balsas.
    Bem como são promessas e mais promessas, o Governador poderia ,neste restinho de mandato, entregar o governo para intervenção chinesa, sem correr o risco de acontecer no “quadro negro”, pois na China quem faz tal besteira é fuzilado e ainda cobram a “bala” da família……

  5. Ótimo para o Litoral do Paraná. Ótimo para o Brasil.
    Ainda há muito espaço para investimento no Estado.
    O empresário paranaense João Carlos Ribeiro pode optar por outros investimento, como por exemplo a construção da BR 101 pelo vale do Rio Cubatãozinho de Garuva (SC) até a BR 277, na altura do trevo de Morretes, sem ter que agredir as reservas florestais do Pontal.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui