Uma pergunta que não quer calar: que motivos de “foro íntimo” fizeram com que a juíza Danielle Comar decidisse se considerar “suspeita” para continuar presidindo o julgamento dos reus da Operação Quadro Negro que tramitava há dois anos na 9.ª Vara Criminal de Curitiba?
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público em março de 2016 e recebida pela juíza, que procedeu até o momento a todos os passos da ação penal, incluindo os de mandar prender e soltar reus. A ação foi interrompida por alguns meses por determinação do STF, em razão da presença, entre os reus, de autoridades com foro privilegiado.
A juíza encaminhou, então, os autos ao Supremo e aguardou que o relator do processo, ministro Luiz Fux, fizesse a necessária separação entre os casos que deveriam ser julgados em instância superior e os que deveriam permanecer no primeiro grau.
Danielle Comar recebeu de volta os autos nos meses finais do ano passado e dava continuidade normal ao trâmite — até esta quinta-feira (8), quando, repentinamente, decidiu se considerar suspeita para continuar julgando o caso. Alegou razões de “foro íntimo” ao comunicar sua decisão ao Tribunal de Justiça.
Se são íntimos os motivos da magistrada, não nos é dado o direito de ficar bisbilhotando. Mas é razoável que perguntemos mesmo sem esperar resposta: que motivos terem sido estes? que fatos novos ocorreram nos últimos dias que a levaram a se considerar impedida de continuar à frente do processo, justamente no momento em que, praticamente, só lhe cabia sentenciar os reus?
Tudo pode ter levado a juíza a rever sua participação no caso e nem pode passar pela cabeça de ninguém que ela tenha cedido a pressões ou influências externas. Todos sabemos que juízes não se sujeitam a pressões ou influências.
Caberá agora ao Tribunal de Justiça indicar um novo juiz para fazer o encerramento da parte criminal da Quadro Negro.
ContraPonte 1 x Justiça Venal ).
Estava tudo indo muito bem no texto ate ” Todos sabemos que juízes não se sujeitam a pressões ou influências.”. Todos quem cara pálida?
Talvez o “foro intimo”, se fosse num filme, num caso parecido , onde o juiz embaloue cuidou do processo do nascimento ate a idade adulta e ai o mandou direto para a rua para procurar outra casa, para dar emoção, seria certamente por chantagem em cima do juiz.
Como estamos no Brasil e no Paraná do psdb, e do consórcio midia-judiciário, o foro intimo pode ser o mesmo que fez o jgilmar segurar na gaveta por 6 anos o processo do jucá ou o do fux que engavetou o processo do vale-condominio dos juizes, sua filha obviamente incluida, ou o que faz o moro so abrir processo contra o Lula e esquecer o aécio…
A melo do foro intimo rima com estes versos…
”
Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa acabar, deixa o barco correr
Deixa o dia raiar que hoje eu sou da maneira que vo…cê me quer
O que você pedir eu lhe dou, seja você quem for
Seja o que Deus quiser “
Nos meios jurídicos comenta-se, não raro: existe a Justiça e existe a Justiça do Paraná … Ao já notório compadrio entre os poderes públicos no Paraná, que se beneficiam e se protegem reciprocamente, junta-se mais esse fato lamentável, se não for ou se tornar escabroso. O que há de podre e fétido nesse reino, que já não é shekeapeareano mas dantesco ?
O problema do nosso país está no judiciário e faz tempo!!!!