A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) listou 11 pessoas que tiveram atuação direta no pagamento de propina de R$ 4 milhões para garantir que a empreiteira Odebrecht ganhasse a licitação da PR-323, obra que o governo do Paraná pretendia construir no Noroeste do estado. Todas foram declaradas reus na decisão desta tarde do juiz Sergio Moro – dentre elas o ex-chefe de Gabinete do governador, jornalista Deonilson Roldo, e o empresário Jorge Atherino, amigo e sócio de Beto Richa.
São inúmeras as citações que apontam Beto Richa como cabeça do esquema de corrupção e beneficiário político e pessoal das operações ilícitas, como se pode ver no teor da denúncia (publicado abaixo e no despacho de Sergio Moro, que você lê AQUI). Entretanto, o MPF não incluiu o nome do ex-governador como denunciado, nem o juiz, logicamente, o declarou como tal, nem poderia fazê-lo
Mas, em longo arrazoado, Sergio Moro insinua seu inconformismo com o fato de que parte do mesmo processo envolvendo Beto Richa tenha sido retirado de suas mãos e esteja tramitando no âmbito da Justiça Eleitoral.
Por outro lado, apesar das evidências que descreve no teor de sua denúncia sobre a participação de Beto Richa, também o MPF não ofereceu denúncia contra ele.
Seria uma questão de estratégia?
Veja a íntegra da denúncia do Ministério Público Federal:
Denúncia MPF Odebrecht
A denúncia é apresentada pelo MP e não pelo juiz Moro. O STF foi quem soltou o Ex Governador. Não poderia haver denúncia pq já houve discussão sobre esse objeto e os tribunais superiores entenderam que era de competência da justiça eleitoral, mas havendo novos fatos e provas a coisa pode andar novamente. Não se trata de partido e sim de corrupção.
Na próxima ContraPonto eu desenho pra ver se o editor sai desta triste atitude de defender o moro e não entender que no PR TUDO é arranjado.
Para os amigos tudo e para o inimigos muito mais que a Lei.
De novo, troca o nome do envolvido de beto para Lula e o partido de psdb para PT e o Ahú estaria em polvorosa.
O que mais me incomoda é a farsa em que a midia joga papel decisivo ja que para o paranaense”mérdio” tomar uma atitude , precisa que se tire algo dele, pois se tirarem dos outros ele não faz a menor questão de se meter e ajudar.
Então ficamos brincando de fazer justiça quando se trata do Lula e de fazer injustiça quando é tucano.
E isso não é retorico. Ta provado e aprovado pela realidade da atuação do consórcio midia-judiciário.
Mas não rola pelo menos uma conduçãozinha coercitiva nesse caso? Ou mais uma vez não vem ao caso?