PMs do Ceará encerram motim

Os policiais militares do Ceará que estavam amotinados no 18º Batalhão da PM, em Fortaleza, decidiram na noite de desse domingo (1º) aprovar o término do motim, depois de 13 dias. De acordo com o portal G1, a categoria aceitou a proposta definida no mesmo dia pela comissão especial formada por membros dos três poderes no Ceará, assim como por representantes dos policiais.

A principal reivindicação dos PMs para finalizar o motim era a anistia aos militares envolvidos na manifestação. No entanto, este ponto não foi atendido pelo governo do Ceará. Desde o início do motim, o número de homicídios no estado teve um forte aumento. O crescimento nas mortes violentas foi de 138%, em relação aos primeiros 25 dias do mês de fevereiro de 2019.

A proposta aceita pelos policiais tem os seguintes pontos:

  • A categoria terá apoio de instituições de fora do Governo do Estado, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Defensoria Pública, Ministério Público e Exército;
  • Os PMs terão direito a um processo legal sem perseguição, com amplo direito a defesa e contraditório, e acompanhamento das instituições mencionadas anteriormente;
  • O governo do Ceará não vai transferir policiais para trabalhar no interior do estado em um prazo de 60 dias a partir do fim do motim;
  • Revisão de todos os processos contra policiais militares durante a paralisação;
  • Investimento de R$ 495 milhões com o salário de policiais até 2022;
  • Todos os batalhões onde havia policiais amotinados deveriam ser desocupados até 23h59 domingo; e
  • Retorno aos postos de trabalho às 8 horas desta segunda-feira (2).

 

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