Nota atualizada às 16h (*)
Onze dias depois de lançado pelo governador Ratinho Jr., o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos, suspendeu nesta sexta-feira (29) todos os procedimentos para selecionar policiais aposentados dispostos a se inscrever como voluntários no Programa Escola Segura – aquele que previa a participação deles na guarda e vigilância de escolas públicas no Paraná.
Diante do desinteresse demonstrado pelos PMs, o comandante-geral mandou publicar na intranet da corporação uma resolução em que reconhece “a necessidade de serem promovidas adequações legais regulamentares no corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários” previsto no projeto Escola Segura.
Houve apenas uma inscrição de voluntário em Foz do Iguaçu e duas em Londrina – as duas cidades em que a secretaria de Segurança Pública tinha a intenção de desenvolver uma experiência-piloto. A meta programada era de implantar o projeto em 100 escolas dos dois municípios, considerados prioritários – o primeiro por situar-se na violenta fronteira com o Paraguai, o segundo por ser o maior do interior do estado e com maior número de matriculados na rede pública.
O desinteresse dos policiais inativos em se inscrever no programa foi causado, principalmente, pela baixa remuneração oferecida pelo governo (pagamento de diárias no valor de R$ 113,00). O valor foi considerado insuficiente para atrair voluntários. A reivindicação é para que os pagamentos não sejam inferiores a R$ 3 mil mensais líquidos para cabos e soldados, e de até R$ 3.800,00 para segundo-sargento, categoria que não estava contemplada na proposta original.
O “Escola Segura” foi lançado no Palácio Iguaçu no último dia 18 em meio à comoção causada pelo ataque à escola “Raul Brasil”, em Suzano (SP), por dois ex-alunos, e que resultou na morte de dez adolescentes que estudavam no estabelecimento.
(*) – Às 16 horas desta sexta-feira (29), o comando da Polícia Militar informou que, por determinação do governador Ratinho Jr., o valor das diárias sofrerá revisão.
Hyeu acho uma parachada do governo. Pois se ele contratar um vigilante sem a experiência de um policial militar aposentado ( 30 anos de experiência ) ele vai pagar mais de 4000 reais. Aí vem oferecer 1200 reais para o policial experiente . Vá se catar.
Cabos, soldados e segundos-sargentos? Porque pularam a graduação de terceiro-sargento da lista de convocáveis? E primeiro-sargento e subtenente também não podem ser convocados?
Acredito que mesmo que sofra alterações nos valores haverá.pouca procura pois talvez não seja o valor mas o stress que voltar para essa atividade cause. Para quem passou anos enfrentando o crime e voltar a lidar com a segurança de pessoas é retornar a correr riscos. Hoje em dia as escolas não são mais tão seguras como no passado.
O governo estadual deveria colocar vigilantes nas escolas pois o mesmo Faria o trabalho ,na verdade os PMs iria fazer o papel de vigilantes isso aumentaria o número de vigilantes empregados e quem ganha é a sociedade mais segurança para os filhos e este dinheiro volta para o estado através de imposto .
Isso é o “novo” …