Por Claudio Henrique de Castro –
Os convênios de planos de saúde no Brasil têm 47 milhões de usuários e o setor lucra mais de 6 bilhões por ano (dados de 2016);
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) finalmente incluiu na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde, o teste para o novo Coronavírus.
A decisão foi tomada no dia 25 de junho (quinta-feira).
Resumindo, com três meses de atraso da pandemia instalada no Brasil, somente agora, a ANS diz que os planos têm que cobrir o teste.
Ótimo para os planos, durante estes três meses nos quais foram cobrados os testes.
A cobertura é obrigatória nos casos em que o paciente tenha um dos quadros clínicos de síndrome gripal e da síndrome respiratória aguda grave.
Não foi previsto o teste para pacientes assintomáticos.
Clinicamente, esse tipo de testagem é indicado a partir do oitavo dia de início dos sintomas.
Enquanto isto, o Brasil é o país que menos testa no mundo e a pandemia está descontrolada, sem o isolamento social necessário, sem hospitais de campanha montados devidamente, e boa parte das autoridades discursando e dizendo que está tudo bem ou o já consagrado “e daí” do governo federal.
Resumo da ópera: os convênios faturam bilhões ao ano e a população que deveria ser testada em massa não tem acesso pleno aos testes. Os pagantes de planos de saúde podem testar, mas somente mediante critérios rigorosos para fazê-lo.
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