O Partido Liberal (PL) anunciou que o ex-juiz, ex-ministro da Justiça e senador eleito Sergio Moro (União Brasil) cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou de caixa dois durante a campanha ao Senado, pelo Paraná. PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A denúncia foi feita à Justiça em 23 de dezembro, mas estava sob sigilo até 17 de janeiro. As informações foram adiantadas pelo colunista Rogério Gentile, do UOL. “O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral”, disse o PL na ação.
A sigla argumenta que houve “desequilíbrio” na disputa ao Senado, provocado por “abuso de poder econômico”. Isso fez com que Moro tivesse mais chances de vencer. Moro se elegeu com 1,9 milhão de votos (33,5%), ficando à frente de Paulo Martins, do PL, que obteve 1,7 milhão de votos (29,1%).
Desespero
Por meio de nota, o senador diplomado afirmou ainda aguardar a notificação da Justiça. “Daquilo que vi pela imprensa, porém, percebo tratar-se de uma ação feita em parceria pelo PL/PR e Podemos, ou seja, entre o segundo e terceiro colocados derrotados, atendendo aos interesses de uma nova eleição e do PT”, apontou. “Puro desespero dos perdedores e de quem teme nosso mandato”, disse o ex-juiz.
Segundo Moro, o PL do Paraná teria emprestado seu nome e o Podemos entrou com os seus advogados e com documentos internos vazados ilegalmente. “Renata Abreu, Fernando Giacobo, Álvaro Dias e Paulo Martins são os responsáveis”, garantiu.