(por Ruth Bolognese) – A bem urdida trama que se desenha para jogar do navio o atual superintendente da APPA, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Dividino , tem como principal articulador um velho conhecido do cais, Ogarito Linhares, hoje alto funcionário da área de concessões portuárias em Brasília. Conhecido na cidade dos apelidos como “Pinguin”, ele era figura de proa na gestão de Eduardo Requião. E ter sido importante na gestão do vovó Naná não é um elogio.
O que o Pinguin e seu pequeno grupo de galináceos assanhados pretendem? Não é exatamente uma Antártida estupidamente gelada, mas sim o controle do Porto nos últimos meses do governo Beto Richa. E quem não quer?
Trata-se de uma jogada arriscada e praticamente inútil, na verdade. O coitadinho do Beto pode ser tudo, mas bobo não é. O Porto de Paranaguá, sob a gestão de Dividino, nunca mais foi notícia ruim, com filas imensas de caminhões e navios, pombos gordos de tanto comer soja roubada e desvios inacreditáveis de containers. Opera na maciota e com superávit.
E se tudo isso não bastasse, ou justamente por causa disso, o Dividino, com esse nome inspirador, tem o apoio total do agronegócio, da indústria e do comércio do Paraná (Faep, Fiep e ACP).
Difícil mexer nessa cumbuca.
O Pinguim com vínculos de amizade sólidos como uma ROCHA com empresa de Paranaguá, em breve terá que dar algumas explicações na PF face a sua ligação direta com Geddel, que é o seu padrinho político em Brasília, inclusive quanto a a algumas operações de seus amigos com o BNDES.