PGR quer julgamento de Gleisi e Paulo Bernardo em Curitiba

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF o envio para o juiz Luiz Antonio Bonat, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, de inquérito no qual são investigados a ex-senadora e atual deputada federal Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo.

Eles são suspeitos de envolvimento com organização criminosa voltada para a prática de crimes contra a Administração Pública e lavagem de dinheiro relacionados à Petrobras e outras instituições públicas como o BNDES e o Ministério do Planejamento.

Segundo a denúncia, apresentada em 2017, Gleisi e Paulo Bernardo compunham o núcleo político da organização criminosa de integrantes do PT. A acusação aponta que, além de ter desviado grande quantia de recursos dos cofres da Petrobras, a organização criou um complexo esquema ilícito, agregando partidos aliados em detrimento da empresa estatal. Os atos ilícitos foram praticados por meio da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. São contabilizados mais de R$ 130 milhões em propinas pagas por empreiteiras à diretoria.

No documento, a PGR ressalta o entendimento do STF – decorrente do resultado do julgamento da Questão de Ordem 937 – de que não se mantém o chamado foro privilegiado em casos de mandatos cruzados, de senadores que foram eleitos deputados ou vice-versa.

Neste contexto, pontua que Gleisi Hoffmann já não ocupa mais o cargo de senadora, no qual ela supostamente praticou o crime que lhe foi imputado na denúncia. A interpretação do Supremo, no entanto, faz com que o inquérito seja enviado à primeira instância. Sendo assim, para a PGR, o destino deve ser a Justiça Federal de Curitiba.

Veja o parece assinado por Raquel Dodge:

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui