Apesar da resistência dos procuradores de carreira, a governadora Cida Borghetti nomeou mesmo o advogado Sandro Kozikoski para chefiar a Procuradoria-Geral do Estado, em substituição a Paulo Rosso – o procurador que conseguiu a pacificação interna da PGE depois dos conturbados anos em que o posto foi ocupado por Ivan Bonilha e Julio Cezar Zen.
Agora, com a nomeação do Kozikoski, a PGE volta a se agitar: embora não ponham em dúvida a capacidade profissional dele, professor da UFPR e autor de várias obras jurídicas, Kozikoski não é nenhum dos 272 membros do quadro próprio da instituição.
Na semana passada, quando estava para ser nomeado outro escolhido, Flávio Pansieri, a Associação dos Procuradores do Estado (Apep) fez assembleia e aprovou moção entregue a ainda então vice-governadora com recomendação para que seguisse a tradição de nomear gente da casa.
Cida, no entanto, contrariando a moção, apenas substituiu o nome de Pansieri por Kozikoski. Ambos são sócios do mesmo escritório de advocacia do qual faz parte também Diego Campos, marido de sua filha, a deputada Maria Victória. A troca de nomes, na expressão indignada de um velho procurador, foi de seis por meia dúzia.