O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou à Polícia Federal (PF) que investigue se o ex-juiz Sergio Moro e a mulher dele, a advogada Rosângela Moro, cometeram fraude ao transferirem o domicílio eleitoral de Curitiba para a capital paulista.
Segundo o promotor Reynaldo Mapelli Júnior, as primeiras explicações enviadas pelo casal “não convencem” e que é preciso aprofundar a investigação.
Ao justificar a transferência, a defesa do ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública disse que São Paulo virou seu “hub” para voos. Moro também afirmou que, desde dezembro, um hotel na capital paulista passou a ser “sua residência primária e base política”. Ao mudar o cadastro na Justiça Eleitoral, porém, usou um contrato de locação assinado dois dias antes da alteração.
Para justificar o vínculo com a capital paulista, Moro informou ao MP que recebeu honrarias no Estado e que trabalhou para a consultoria americana Alvarez & Marsal. Rosângela disse que, desde 2016, presta serviços para uma associação de pessoas com doenças raras sediada em São Paulo.
O pedido para investigar o casal foi feito pela empresária Roberta Luchsinger, filiada ao PSB. Recém-filiados ao União Brasil, Moro e Rosângela são paranaenses. Os dois transferiram os domicílios eleitorais com a intenção de lançarem candidaturas ao Legislativo. (Do Correio Braziliense/foto: Reprodução/Facebook).