A Justiça do Paraná deve julgar, nesta quinta-feira (22), um processo de homicídio que se arrasta há quase 18 anos nos tribunais. O pecuarista Mauro Janene Costa, de 52 anos, vai a júri acusado de matar, em outubro de 2000, sua ex-namorada, a professora Maria Estela Correa Pacheco (foto), então com 34 anos, e jogá-la do 12º andar de um prédio em Londrina, no Paraná. Graças a recursos e manobras da defesa, o julgamento já foi adiado sete vezes, relata reportagem da jornalista de Jussara Soares em O Globo. A sessão do júri será realizada no fórum de Ponta Grossa, a 200 quilômetros de Londrina.
Primo do ex-deputado José Janene (PP-PR), um dos pivôs do escândalo do Mensalão, morto em 2010, e membro de uma família tradicional de pecuaristas do Paraná, Janene ficou preso por cinco dias. Ele alega que é inocente e disse, em depoimento, que Estela ameaçou se jogar da sacada do apartamento e ele não conseguiu segurá-la.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML), no entanto, aponta que a professora foi agredida e morreu pelo menos trinta minutos antes de ser jogada do apartamento do fazendeiro. A promotoria sustenta que Janene simulou o suicídio da professora na tentativa de esconder o assassinato. Ex-namorados, Janene e Estela teriam se encontrado, na noite de um crime, em um bar de Londrina. De lá, seguiram juntos para o edifício do pecuarista.
A realização do júri de Janene demorou quase quatro vezes mais que o tempo médio de tramitação de outros processos de homicídio doloso (com intenção de matar) no país, segundo levantamento de 2017 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o estudo, feito com amostras de tribunais de sete estados, a realização do júri leva, em média, 4 anos e seis meses a contar da data da denúncia do Ministério Público. Como foi denunciado em maio de 2001, a tramitação do caso já dura 16 anos e 10 meses.
Novas manobras da defesas e recursos aos tribunais superiores arrastaram o julgamento por mais sete anos. A última prorrogação ocorreu em fevereiro deste ano, quando os advogados do fazendeiro conseguiram suspender a sessão e transferir o julgamento para a cidade de Ponta Grossa, alegando que haveria comoção social em Londrina, o que poderia influenciar os jurados.
Tomara que apodreça na cadeia. Isso não tem nada a ver com o juiz que levou um tiro na cabeça hj de manhã e que atua na comarca de ponta grossa, tem?
Mudando de assunto, para quem não acredita em violência de gênero, eis o exemplo.
Cara de psicopata hein, já denúncia , no mínimo sugere, o feito.