O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou no início da tarde desta terça-feira (4) que o partido aprovou, por unanimidade, apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.“Reunimos toda a executiva nacional do partido, e tomamos uma decisão unânime, sem um voto contrário, de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula”, disse o presidente do partido.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ex-governador Ciro Gomes anunciou apoio à candidatura do ex-presidente Lula durante o 2º turno. Apesar disso, segundo Ciro, esse será um apoio crítico, fruto, segundo ele, do “fracasso absoluto” da democracia brasileira ter conseguido viabilizar uma alternativa de terceira via.
“Eu acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Entre as circunstâncias, é a última saída. Lamento que a veia democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste aos brasileiros duas opções, a meu ver, insatisfatórias. Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral. Mas sim no seu absoluto fracasso em construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica, que humilha a esmagadora maioria do nosso povo”, disse Ciro.
“Não aceitaremos imposições de quem quer que seja. Não pleiteio, nem aceitarei qualquer cargo em futuro governo. Quero estar ao lado da sociedade lutando por transformações profundas que propusemos durante a nossa campanha. Vou fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do governo que assumirá em janeiro”, afirmou.
Ciro participou da reunião da executiva nacional do PDT, assim como deputados estaduais, deputados federais, vereadores e diretores da sigla.
Apesar da manifestação de apoio, a tendência é que Ciro não suba no palanque do ex-presidente da República e deve incorporar uma espécie de “apoio crítico” ao petista. O próprio Lupi admitiu há pouco que ainda há mágoas e ressentimentos por parte do Ciro após a intensa campanha pelo “voto útil” capitaneada pelo PT na reta final do 1º turno.
O endosso à candidatura petista foi condicionado à incorporação de três propostas de Ciro Gomes: o programa de renegociação de dívidas, um projeto de renda mínima de R$ 1 mil e um projeto de escolas em tempo integral. (De O Antagonista;foto:reprodução).