(por Ruth Bolognese) – A prova mais óbvia que segurança pública no Brasil é uma balela foi a reportagem do UOL sobre os 25 anos do PCC – Primeiro Comando da Capital. Tal qual o relato de um grupo econômico convencional, consolidado e rentável, o PCC é apresentado como uma organização muito bem estruturada, com ramificações pelo país todo, e até no Paraguai, e um faturamento de mais de R$400 milhões/ano.
São 25 anos de atuação, com 30 mil membros, e uma liderança com nome de empresário, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
O único detalhe é que a matéria prima da organização inclui roubos, assaltos, motins, rebeliões e assassinatos. E já tem tradição de 25 anos no ramo, tempo considerado uma grande façanha para boa parte das empresas brasileiras, de qualquer área. Para o Ministério Público de São Paulo, o PCC está à beira de se tornar a máfia do Brasil.