O escritor, publicitário, compositor, jornalista e presidente da Academia Paranaense de Letras (APL), Paulo Vítola, lança no dia 28 de março, às 19 horas, no Hotel Radison, em Curitiba, o livro “100 Anos de Criatividade – Propaganda Paranaense 1921 – 2021”.
É uma obra de 650 páginas que resgata a história da indústria publicitária no Paraná. A edição é do Instituto J. D. Rodrigues.
Um criador
Paulo Vítola nasceu em Curitiba, em 1947. Fez o Primário no Grupo Escolar 19 de Dezembro e no Instituto de Educação, completando o Curso Clássico no Colégio Medianeira. Cursou Direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Compositor desde jovem, criou sambas-de-enredo para a Escola de Samba Não Agite, e participou como letrista, em parceria com Palminor Ferreira, o Lápis, dos festivais O Brasil Canta no Rio, da TV Excelsior, Internacional da Canção, da TV Globo e do Festival de Músicas de Carnaval da TV Tupi. Fez parte do grupo que produziu o Show de Jornal, na TV Iguaçu.
Em 1972, criou as canções da peça Cidade Sem Portas, de Adherbal Fortes, encenada no Teatro Paiol e nos bairros de Curitiba e, dois anos depois, as canções de Paraná, Terra de Todas as Gentes, também de Adherbal Fortes, para a inauguração do Grande Auditório do Teatro Guaíra.
Autor do auto de Natal Canto de Paz, encenado na Catedral de Curitiba. Com Marinho Gallera, apresentou o show Diário de Bordo, no Paiol, trazendo músicas criadas por ambos, e gravou o LP Onze Cantos. As canções, editadas pela Fundação Cultural de Curitiba, foram utilizadas como trilha sonora do filme A Escala do Homem, de Silvio Back, a exemplo de diversos temas musicais que criou com o mesmo Marinho Gallera para o espetáculo Ó Curitiba, Nossa Tribo, Salve, Salve, que inaugurou o Teatro de Bolso. Essas canções compuseram a trilha sonora do documentário Curitiba, Uma Experiência em Planejamento Urbano, do mesmo cineasta.
Ainda com Marinho Gallera gravou o álbum duplo Cidade da Gente e, com Reinaldo Godinho, o CD Cantares. Em 2008, foi responsável pela curadoria da programação de reabertura do Teatro do Paiol.
Publicidade
Na publicidade trabalhou na P.A.Z., Múltipla, Exclam e OpusMúltipla, assim como foi sócio diretor de criação das empresas Casulo e Bits, até criar a PauloVitola Scriptorium. Coordenou a área de publicidade e propaganda do governo do Paraná. Ao longo da carreira, recebeu mais de cem premiações publicitárias, regionais e nacionais.
Foi redator de programas audiovisuais no Rio de Janeiro, consultor de comunicação do Ministério da Agricultura e conselheiro estadual de Cultura do Paraná. É conselheiro da Fundação Criança Renal.
Livro e posse
Publicou as colunas semanais Balas Perdidas, com Luiz Antonio Solda, e Chope Duplo, com César Marchesini, ambas em O Estado do Paraná. É roteirista da coluna Casos e Causos do Paraná da Revista RPC (Rede Globo/PR). Seu livro autobiográfico Chucrute & Abacaxi com Vinavuste, traz encartada uma coletânea das canções de Cidade Sem Portas e Terra de Todas as Gentes e as canções inéditas de Velhos Amigos. Foi diretor-presidente da Rádio e TV Educativa do Paraná e secretário de comunicação da Prefeitura de Curitiba.
Tomou posse na APL no Teatro Paiol, em 27 de junho de 2011, saudado por René Dotti. (Da Academia Paranaense de Letras)