Paraná caminha para ficar livre da aftosa sem vacinação

O Ministério da Agricultura aprovou no fim de abril a antecipação da retirada da vacina de febre aftosa no estado do Paraná. É o último passo para o Paraná ser declarado Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. O novo status permitirá ao Estado atender mercados mais exigentes e vender os produtos agropecuários por valores mais elevados.

Segundo o Ministério, a suspensão da vacina contra a febre aftosa no Paraná ocorrerá logo após a finalização da etapa de maio de 2019. “As normativas relativas ao encerramento da vacinação no estado serão publicadas pelo Mapa em 30 de setembro, após implantação final de ações pontuais pelo serviço veterinário estadual”, destaca o diretor de Saúde Animal e Insumos Pecuários da Secretaria de Defesa Agropecuária, Geraldo Moraes.

Após os procedimentos, o Ministério poderá solicitar o status de livre de febre aftosa sem vacinação para o Paraná junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). A expectativa é de que o Paraná seja declarado zona livre sem vacinação em 2021 em Assembleia da OIE. Atualmente, o único estado nessa condição é Santa Catarina.

O processo vem sendo construído pelo setor há anos e foi acelerado em 2018. Em agosto do ano passado, a ex-governadora Cida Borghetti (PP) encaminhou ofício ao Ministério solicitando a suspensão da vacinação depois a partir da etapa de maio de 2019. Inicialmente, a última etapa de imunização do rebanho bovino e bubalino do Paraná seria em maio de 2020.

Enquanto isso, o Ministério realizou as auditorias para encaminhar o pedido à OIE. O resultado das auditorias foi excelente. O serviço de defesa agropecuária paranaense foi o mais bem avaliado do Brasil, melhor até do que Santa Catarina.

O reconhecimento como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação colocará o Paraná em outro patamar global como fornecedor de proteínas animais. A partir da conquista deste novo status sanitário, o Estado poderá buscar novos mercados que pagam mais pela qualidade da carne.

Apesar da espécie vacinada contra a febre aftosa ser a bovina, os impactos se refletirão em todas as cadeias de proteínas animal e vegetal, principalmente na avicultura e suinocultura, atividades nas quais o Paraná é tido como referência nacional e mundial na produção, tanto na qualidade como na quantidade.

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