Para enfrentar pandemia, prefeitura quer terceirizar mais três UPAs

A prefeitura de Curitiba mantém todos os procedimentos para transferir à iniciativa privada a administração de mais três UPAs na cidade, conforme se vê num despacho publicado dia 26 de março passado da secretaria municipal da Administração e Gestão de Pessoal. O documento é assinado pelo secretário Alexandre Jarchel de Oliveira (veja abaixo). A exemplo do modelo adotado na UPA da Cidade Industrial desde 2018, está prevista agora a terceirização das unidades do Cajuru, Boa Vista e Sítio Cercado.

A terceirização é uma das medidas definidas pelo prefeito Rafael Greca visando ao enfrentamento da “infecção humana pelo novo Coronavírus”, explica o documento.

A cessão destas três UPAs havia sido barrada por decisão judicial no início do ano, mas, após recurso da prefeitura, o processo foi retomado em caráter de urgência em razão da pandemia.

A UPA/CIC funciona desde 2018 sob administração do Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS), Organização Social definida como sem fins lucrativos e com sede em Sorocaba, interior de São Paulo. A modalidade foi instituída por meio de lei aprovada pela Câmara Municipal em 2017 sob forte oposição de servidores e do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar).

A aceleração do processo de terceirização em Curitiba se dá no momento em que, no Rio de Janeiro, a Polícia Federal e os Ministérios Públicos estadual e federal denunciam escândalo de R$ 800 milhões para a construção de nove hospitais de campanha para atendimento a pacientes contaminados com o coronavírus.

Empresas de Curitiba são citadas nos inquéritos abertos pelos três órgãos de investigação no Rio de Janeiro – conexões que foram reveladas por este Contraponto nesta segunda-feira (veja matéria completa aqui).

E aqui o despacho da secretaria municipal de Administração que define providências para a terceirização de mais três UPAs em Curitiba:

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