Os vereadores de Curitiba e os cachorros

(por Ruth Bolognese) – Mesmo não votando – por incapacidade de apertarem sozinhos as teclas das urnas eletrônicas, não por dificuldades nas escolhas – os cachorros de Curitiba têm um espaço inacreditável nas preocupações dos nossos vereadores.

A vereadora Kátia Ditrich (SD) foi eleita com o slogan “Kátia dos Animais de Rua”.

A vereadora Fabiane Rosa (PSDC), que aparece na foto com seu totó no plenário, apresentou um projeto para liberar o transporte de cachorros em todos os ônibus coletivos da cidade, inclusive na hora do rush.

No total, os vereadores de Curitiba já apresentaram 43 propostas em defesa dos animais. Bem mais do que títulos de cidadão honorário e nomes de rua.

Agora o vereador Osias Moraes (PRB) apresentou projeto para criar espaços, tipo assim VIPs Caninos, em toda a cidade, onde os bichos poderão ter atividades recreativas, socializarem-se, namorarem e latirem sem coleiras, a la vonté.

As Excelências deveriam, também, abrir um espaço VIP no plenário da Câmara para quem tem quatro patas, pêlos, late por qualquer coisa e anda de coleira com a inscrição “Pertence ao Prefeito”.

Mesmo assim, antes de se abancar nas cadeiras e começar a apresentar projetos, o sujeito, ou a sujeita em questão, deveria provar a verdadeira identidade: urinar só nos postes que iluminam a Casa, dentro do plenário, jamais.

Au!

17 COMENTÁRIOS

  1. O fato de haver dois vereadores eleitos exclusivamente com base em propostas voltadas à proteção animal já seria suficiente para indicar a relevância social do tema. E se tem relevância, deveria ser tratado com mais cautela e responsabilidade. As iniciativas ironizadas pela autora já são comuns em vários países Europeus, que fazem ainda mais pela proteção animal. A crítica vazia a tais medidas revela um raciocínio típico de terceiro mundo, imagem da qual o Brasil tenta se desvencilhar a duras penas. Denota uma inversão de valores, como a do sujeito que insatisfeito com sua remuneração, pleiteia a redução do salário do colega. É nivelar por baixo. É o rabo abanando o cachorro. Para que reclamar do transporte público ineficiente se podemos insistir na manutenção de regras que restringem sua utilização? Por que atender aos interesses de proprietários de animais que querem integrá-los em seus momentos de lazer se há gente passando fome? Ainda hoje parece difícil entender que a concretização um interesse legítimo não exclui – ou não deveria excluir – outro. Se isso ocorre o problema está na exclusão, já que a Constituição Federal não estabelece hierarquia entre direitos sociais. Acreditar no contrário é desviar o foco do real problema. Infelizmente, é esse o raciocínio que encerra o artigo da autora sobre o mesmo tema que sobreveio no dia 28, quase como uma explicação de suas reais intenções nesta nota. Tarde demais… A maldade de sexta, antecipada para a terça, respingou nos valores de pessoas comuns. São os vários protetores que dedicam seu tempo e recursos financeiros para suprir uma lacuna deixada pelo Estado. Que, além de resgatar animais, reduzem a incidência de zoonoses e realizam o controle populacional, ao vacinar e castrar estes animais. Que acompanham casos de acumuladores, em locais em que o Poder Público não chegou. Vale lembrar que proteção do meio ambiente – bem jurídico integrado pelos animais – é direito fundamental, tal qual segurança e saúde. Mais do que a habitual crítica política (tema em que a autora transita tão bem há anos), o texto fomenta a intolerância e denigre a imagem de anônimos que não abriram mão de qualquer parcela de sua honra para figurar sob os holofotes da política. Basta ver os comentários que se seguiram ao texto. E isso, no meu modo de ver, impõe uma retratação da autora ou do editor.

  2. Os reféns ou “Protetores” da seita de animais são os novos abençoados e superiores no mundo, principalmente se acham tão iluminados e respeitáveis do que os evangélicos, talibãs e membros do estado islâmico, a maioria é fã de carterinha e se identifica com o autor e o local do livro “o bicho de sete cabeças.”

  3. As pessoas têm a mania de cobrar da vereadora Fabiane Rosa projetos desenvolvidos para animais sendo que foi eleita exatamente para isso, então está fazendo seu papel corretamente, pq não vão cobrar dos outros políticos pq eles não estão cumprindo os seus projetos?

  4. Se vocês vissem como é no Parque São Lourenço !! lá vale tudo: cão cagando, cão atacando aves e quando pega mata, cão avançando nas capivaras, cães soltos sem focinheiras assustando os transeuntes e por aí vai, e a guarda municipal ?? não tó nem aí !!!!

    Na verdade o cão não tem culpa, culpado é o dono que perdeu o senso de lucidez, ética e educação !!!!

  5. Já passou da hora de termos representantes da causa animal na política, estamos no século 21! Matéria infeliz, escrita por uma pessoa que provavelmente não faz nada pelo semelhante, porque quem ajuda os animais, normalmente se sensibiliza também com as dores humanas. Ao invés de criticar, Sra. Ruth, faça alguma coisa pelo seu próximo também, seja humano ou não humano, e pare de encher o saco!

  6. Este comentário é bem ridículo. A Vereadora Fabiane está fazendo um trabalho excelente. A cidade ganha qualidade de vida quando temos menos animais abandonados pelis humanos irresponsáveis que os multiplicam e depois abandonam. Os animais merecem respeito e NÃO podem pagar pelos erros dos humanos, sofrendo frio, fome e violências.
    Ps: Não votei na vereadora e NÃO vtenho rabo preso com ninguém.

  7. Nunca ouvi falar da tal Ruth Bolo o que mesmo?
    Então, Ruth Boloalgumacoisa, nos conte:
    1) Você lembra em quem votou para vereador (a) na última eleição?
    2) Você sabe se seu candidato (a) foi eleito (a)?
    3) Você lembra o que seu candidato (a) prometeu nas eleições?
    4) Você já cobrou de algum candidato eleito, a promessa feita durante a campanha eleitoral?

    A vereadora Fabiane Rosa foi eleita usando a bandeira animal. Até pq para os humanos, saúde pública, pavimentação, etc, tem mais um bando de inúteis eleitos. Você foi cobrar eles também?
    Deixa a vereadora fazer o trabalho dela, que tem desempenhado brilhantemente, e vai cobrar os outros pra ver o que eles têm feito com seu $$$.

    #ficaadica

  8. A questão aqui não é priorizar os cães, é dar a eles direitos que nunca tiveram. Outro ponto importante para ser mencionado é que os direitos criados para os animais não extinguem os que já existem para os seres humanos, eles tornam-se complementares e se esses direitos estão surgindo é pq por trás deles há a necessidade humana de que eles existam. Vamos a um exemplo, já imaginou vc ter um animal de estimação onde se cria elos afetivos valorosos e esse animal está doente e vc não tem um carro pra poder levá-lo ao veterinário? Transportar animais em ônibus não é uma vaidade animal e sim um conforto psicológico para seres humanos. Sociedades civilizadas tendem a conviver com as outras formas de vida existentes da melhor forma possível, sem abrir mão dos direitos nem de um ou de outro. Controle populacional de animais é uma questão de saúde pública, castração gratuita é uma forma de evitar que seres humanos fiquem doentes. Penalizar seres humanos por maus tratos é algo necessário se realmente desejamos viver em um mundo pacífico, pesquisas psicológicas afirmam que quem maltrata animais pode ser capaz de maltratar seres humanos. Respeitar a vida, qualquer forma de vida é um caminho para uma sociedade melhor, mais justa e civilizada. Parabéns Curitiba por ser uma capital pioneira nesse aspecto e que bom que podemos contar com uma bancada política que se preocupa em fazer da nossa cidade um lugar mais humano, sim eu disse humano, pq se importar com outras formas de vida e zelar por elas é o que nos distingue de todas as outras espécies e nos faz Homo sapiens sapiens e não Neandertais.

  9. Uma pena que os cães em questão não sabem escrever, ass poderiam ocupar tambem espaços ocupados por pessoas com pensamentos tão pequenos….aff.

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