Os ricos advogados

Revista Veja que está nas bancas traz na capa o curitibano Adriano Bretas, apontado como um dos advogados que mais têm ganho dinheiro ultimamente graças às grandes causas da Operação Lava Jato.

A revista descreve:

Antes da Lava Jato, eram cerca de quarenta as grandes bancas de criminalistas do país, concentradas sobretudo em São Paulo e no Rio. Hoje, esse número dobrou. O novo mercado abrange Brasília e Curitiba e emprega uma rede de mais de 1.200 profissionais, que inclui desde o recém-formado encarregado de ir à penitenciária só para levar roupa lavada ao encarcerado vip até os defensores que não protocolam uma petição em tribunais superiores por menos de 1 milhão de reais. Poderosos entre os poderosos, esses supercriminalistas têm em torno de 40 anos, vêm de faculdades fora do eixo tradicional e já cobram entre 5 milhões e 8 milhões de reais por causa — pouco abaixo dos 10 milhões dos advogados da velha-guarda.

Em seguida, a reportagem cita Adriano Bretas entre os novos grandes e enriquecidos advogados:

Adriano Bretas, que ilustra a foto da capa de VEJA nesta semana e a desta reportagem, é uma das mais jovens estrelas da geração Lava-Jato. Aos 35 anos, trocou a sala de 40 metros quadrados no centro de Curitiba por um andar inteiro no mesmo prédio. “Desfruto de um padrão de vida que jamais sonhei ter”, admite. O novo padrão inclui ótimos vinhos e charutos cubanos Cohiba Behike (350 reais a unidade). Formado na Faculdade de Direito de Curitiba e filho único de um criminalista, ele hoje acompanha cerca de cinquenta processos da Lava-Jato relacionados a quinze clientes. Estima-se que já tenha embolsado em razão da operação algo na linha de 20 milhões de reais.

A matéria trouxe constrangimento para muita gente. A OAB já protestou. E o próprio Bretas se viu obrigado a emitir nota de esclarecimento:

Os ricos advogados

3 COMENTÁRIOS

  1. Perdoem-me, mas sinto exagerada concentração de um ranço já histórico em relação à Criminologia e seus denodados operadores legais. Lidar com o Direito Criminal não é nada fácil, como muitos desavisados poderiam imaginar. Sim! Trata-se de temáticas extremamente críticas e altamente complexas que lidam com a vida e a liberdade do indivíduo, envolvendo, assim, dois dos maiores bens humanos que demandam acurados critérios em seu processo investigativo. Criminologia é lidar com um constante, insistente e ameaçador “desvio potencial de rumo”, às vezes em razão de insignificantes detalhes que poderão mudar drasticamente um indeterminado cenário e o futuro de um ser humano. Dessarte, não se menospreze ou subvalorize este crítico e intrincado ramo do Direito, se não se o conhece em suas mais íntimas e microscópicas minúcias.
    “O Direito não é uma profissão, mas sim uma sagrada missão. Se assim não for visto e operado, não haverá o verdadeiro direito!” (J.Koffler, 1982).

  2. Essa desigualdade social econômica intelectual cultural financeira faz mal à sociedade…e bem parabens para a faculdade de direito de Curitiba…nos idos de 80…qdo a boca maldita fervia, aquela escola de esquina da sem Alencar com o Emiliano era qualquer coisa de muito chique….era uma escola para gênios…. isso achei legal ser lembrado. De resto não dá pra decidir ainda se é pra chorar, rir ou bater palmas…

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