(por Ruth Bolognese) – Qualquer partido que venha a fazer coligações para as eleições de 2018 com os dois políticos mais poderosos do Paraná, o governador José Richa e o ministro Ricardo Barros precisam calcular o custo dos pacotes.
Tal qual nos casamentos, a sogra, o cunhado desempregado e o tio beberrão (figuras de linguagem apenas) fazem parte do pacote e é para o resto da vida. No caso, até as eleições de 2018. Para receber Beto Richa, por exemplo, o partido terá que abrir uma vaga para o Senado, abocanhada pelo próprio, uma vaga de deputado Federal para o suave Pepe Richa, e uma vaga de deputado estadual para o intrépido Marcelo Richa.
E diante do eleitor, vai pagar o mico dos ajustes fiscais, da ausência de obras, do embate com os professores e até dos prejuízos que aquele primo distante deixou para o Erário.
Já numa coligação com a família Barros, o pacote é mais caro ainda: uma vaga para disputar o governo (Cida Borghetti), uma para o Senado (Silvio Barros) outra para deputado Federal (Ricardo Barros) e a última de deputado estadual (Maria Victória).
E diante do eleitor, vai pagar o mesmo macaquinho atilado do governo Beto Richa, do qual a Belezura é parte positiva e operante.
É claro que numa coligação partidária, as vagas para as disputas eleitorais são colocadas na mesa. Mas no caso dos Richa e dos Barros eles vão entrar exigindo o filé mignon para eles e seus familiares e ninguém tasca.
Ambos têm a oferecer a máquina do governo, algo tão confiável nessas alturas como as aqueles balões que levaram o padre de Paranaguá para o Além.
Diante desse cenário, tem duas noivas no pedaço que nem chegam perto da máquina do Governo, mas prometem fazer feliz qualquer partido numa coligação, e para sempre: Osmar Dias e Ratinho Junior. Nem pacote familiar eles tem. Só cara e coragem. O que pode ser um bom começo.
Sará que os paranaenses, que tem pago a conta dos descalabros públicos, continuarão insossos politicamente a ponto de pagarem novamente o custo desses pacotes politiqueiros ?
“Ambos têm a oferecer a máquina do governo, algo tão confiável nessas alturas como as aqueles balões que levaram o padre de Paranaguá para o Além.”
É isto – não serve a ninguém e não tem propósito algum.