(por Ruth Bolognese) – Os grandes escândalos presidenciais no Brasil sempre têm uma reforma da casa própria ou um puxadinho no meio. Lá na década de 90 causou furor nacional, e deu mote para a oposição, a cascata da Casa da Dinda, construída com dinheiro público na residência particular de Fernando Collor de Melo, segundo se denunciou à época.
Com o ex-presidente Lula, nem se fala. A reforma do sítio de Atibaia está nas mãos do juiz Sérgio Moro, com pedalinhos e tudo. O apê de Guarujá, que condenou Lula a mais de 12 anos de prisão, estava sendo todo reformado pela empreiteira OAS quando estourou a Lava Jato.
Agora, a filha de Michel Temer, Maristela, depôs na Polícia Federal e disse que a reforma da casa dela foi paga, em parte, como gentileza pelo coronel João Batista Lima Filho, zeloso cuidador das contas de Temer. E as outras partes vieram de empréstimos da família, etc etc. Mas nada de apresentar nota fiscal.
É mania de brasileiro: não pode comprar uma casa que vai logo querendo fazer um puxadinho.
Quem sabe um dia o pessoal da receita federal resolve levantar a bunda da cadeira e faz uma blitz nas marinas dos litorais desse Oceano Atlântico que banha o Brasil? Aposto que em 70% dos casos vão encontrar situações interessantes. Mas dá um trabaaaalho, uma incomodaçããão. E quanto aos frequentes saques de valores altos nos bancos? Nada também?
Eu imagino quanto deve custar a consulta com essa dona Maristela…ela disse que o dinheiro para pagar o banco e a mae, vieram das consultas de psicologia.
Bom, daí a receita vai quebrar o sigilo e vai verificar que a declaração de imposto dos anos da reforma correspondem à uns 400 mil no ano e nao 4 milhões, daí ela vai receber uma multa por ter declarado errado seu rendimento para a receita e pagou a multa, beleza, seu cfp está liberado. Assim vai ser concluída a história.
Verdade…. Sempre tem, pelo menos, um puxadinho.
Ou alugando uma bem caprichadinha, sabe-se-lá para que, com o capilé do povo. Tipo um secretário de segurança que passou por estas bandas e agora tá se borrando – em casa e no MP – para se explicar…