A sessão da Assembleia Legislativa de ontem (segunda, 18) durou apenas 40 minutos. Após dois curtos discursos de deputados que falaram no pequeno expediente, os líderes dos partidos declinaram do direito de usar a tribuna. Com rapidez incomum, foram lidos e votados alguns projetos, e o presidente, deputado Ademar Traiano (foto), deu por encerrados os trabalhos em plenário.
Estavam todos com pressa. Um grupo de líderes – à exceção da oposição e da bancada independente – se reuniu reservadamente com o presidente para avaliar, digamos, o momento atual da política paranaense, tão agitado por comprometedoras delações entregues ao ministro do STF, Luiz Fux, que mandou prosseguir as investigações e ordenou que se cumpra tudo o mais que seja necessário para esclarecer mistérios pendentes que ainda envolvem a Operação Quadro Negro.
Não são públicas as determinações de Fux, mas, aos costumes, pode-se prever que prisões, conduções coercitivas e buscas e apreensões estão no cardápio.
Sabe-se que foi uma reunião tensa, mas nada transpirou quanto a eventuais decisões ou estratégias estabelecidas pelos parlamentares. Um detalhe: o deputado Plauto Miró Guimarães não foi visto entrando na sala.
Miró não é tucano, mas abre o bico!!!