Uma das 18 medidas anunciadas por Jair Bolsonaro na celebração dos seus 100 dias na Presidência foi a determinar a extinção de conselhos – colegiados de especialistas convocados para debater políticas e programas públicos vinculados aos ministérios ou diretamente ao Palácio do Planalto.
Existem cerca de 700 conselhos, muitos deles servindo apenas para gerar despesas e muita burocracia. Outros muito atuantes e necessários. O governo quer reduzi-los para um máximo de 50.
Seus responsáveis terão até o fim de junho para provar que não podem ser descartados. Se não conseguirem fazer prova de sua utilidade, ficam ameaçados de extinção, entre outros, os seguintes conselhos:
- Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade)
- Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT (CNCD/LGBT)
- Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti)
- Direitos do Idoso (CNDI)
- Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC)
- Segurança Pública (Conasp)
- Relações do Trabalho
- Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO)
Acabou também com o Conselho Nacional de Meio Ambiente/CONAMA, que coordena a luta contra a poluição dos rios, das praias e dos alimentos que você e seus filhos, caro leitor, consomem todos os dias. Também acabou com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, na mesma semana do desastre do Rio de Janeiro! Não fosse trágico, seria cômico! Vive-se agora Molière, o Capitão receberia uma retumbante citação: IGNORANTUS, IGNORANTA, IGNORANTUM!