O Instituto Nacional de Advocacia (Inad), principal associação de oposição ao presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Felipe Santa Cruz, dentro da classe, pediu ao Conselho Federal da entidade o afastamento imediato dele do cargo. Motivo: a suspeita de que ele teria recebido R$ 120 mil do empresário Orlando Diniz por meio de um contrato fictício.
Em sua delação, o ex-presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro afirmou que Santa Cruz pediu o dinheiro para concorrer à reeleição a presidente da seccional da OAB no Rio de Janeiro.
“Os crimes pelos quais o presidente da OAB está sendo investigado foram praticados contra a própria classe dos Advogados, o que agrava ainda mais a sua conduta e justifica o seu afastamento imediato do cargo”, afirmou o Inad em ofício, endereçado ao vice-presidente do Conselho Federal, Luiz Viana, que pode pautar o pedido de afastamento.
O Estatuto da Advocacia permite que o Tribunal de Ética da OAB suspenda preventivamente um dirigente acusado em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia. A decisão cabe aos 81 conselheiros federais. (O Antagonista).