(por Ruth Bolognese) – O Ministério Público do Paraná ampliou a investigação da Operação Quadro Negro – que apura desvios de mais de R$20 milhões destinados a reformas e construção de escolas – para 18 escolas e mais 13 empresas.
É parte do processo e deve ser feita. Mas o MP tem uma ação muito mais urgente que é a notificação aos dois principais citados por duas delações premiadas, ao do dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza e do diretor da Fundepar, Maurício Fanini.
Ambos apontaram o governador Beto Richa e o presidente da Assembleia, Ademar Traiano como beneficiados do esquema – duas autoridades que só podem intimados pelo procurador-geral de Justiça.
Como se sabe, o promotor Carlos Alberto Choinski foi afastado das funções de investigador-mor da Operação Quadro Negro após a notificação de duas outras autoridades envolvidas, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, e o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Plauto Miró Guimarães.
É claro que a Operação deve ter ramificações por prefeituras e por todo o Estado, mas sem pegar o fio da meada, tudo vai ficar disperso. E é justamente o que interessa aos quatro nomes citados que seguram nas mãos o fio da meada.
E tem gente que se ofende quando digo que o Paraná é o Maranhão do Sul. Ou Paranhão.
Se der em algum processo, quando o juiz/desembargador/ministro “tiver tempo” de analisar o processo, todos os crimes já estarão prescritos…
Como no caso da sogra fantasma, tem também aquele outro nobre paranaense de berço que decepou 2 pessoas enquanto brincava de dirigir embriagado e passados 8 anos aguarda julgamento, enquanto isso as imagens de radar e uma testemunha já sumiram.
Imagina a frustração dos promotores…