Operação Navegar é Preciso cumpre mandados em investigação sobre a Transpetro

A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quarta-feira (19), dois mandados de prisão em São Paulo e seis de busca e apreensão em Alagoas e no Rio de Janeiro, na 72ª Fase da Operação Lava Jato. As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal em Curitiba, e a operação foi batizada de “Navegar é Preciso”.

As investigações apontam o envolvimento de dois empresários em esquemas de corrupção na Transpetro envolvendo contratos de construção de navios firmados pela estatal com o estaleiro Eisa – Estaleiro Ilha S.A.

A organização criminosa, segundo o Ministério Público Federal (MPF), fraudava o caráter competitivo das licitações pagando propina a altos executivos da Petrobras e empresas como a Transpetro.

Uma apuração interna da estatal, segundo as investigações, indica que a atuação dos executivos do estaleiro Eisa junto ao então presidente da estatal e colaborador, Sérgio Machado, causou prejuízos de mais de R$ 611 milhões à Transpetro, em razão da entrega irregular de um dos navios Panamax.

A suspeita da força-tarefa é que o estaleiro contratado por R$ 857 milhões para fornecer navios pagou propina para um funcionário da Transpetro. O nome do funcionário não foi divulgado.

O esquema de corrupção e lavagem de dinheiro funcionava, segundo a PF, por meio da celebração de contratos de compra e venda de navios feitos pela Transpetro com o estaleiro através do Programa do Governo Federal para a reestruturação da indústria naval brasileira, conhecido como Promef.

Ainda conforme as investigações, a contratação teria sido feita desconsiderando estudos de consultorias que apontavam que o estaleiro não teria as condições técnicas e financeiras adequadas para a construção dos referidos navios.

O pagamento de propina ao então executivo da Transpetro, segundo a PF, teria sido disfarçado através de um contrato falso de investimento em uma empresa estrangeira, que previa o pagamento de uma multa de R$ 28 milhões, em caso de cancelamento do aporte.

O contrato foi feito entre uma empresa do grupo dos investigados relacionados ao estaleiro e uma empresa ligada ao executivo da Transpetro. A remessa dos valores da vantagem indevida teria sido feita por meio de várias transferências, através de contas bancárias no exterior. (Do G1).

 

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