Quase 1,5 milhões de passageiros por mês deixaram de usar o transporte coletivo de Curitiba entre março e agosto deste ano. Esta é a diferença entre o movimento que a Urbs projetava para o período (103 milhões) e o número efetivamente transportado pelo sistema (93 milhões). Simplificando, desde que há sete meses a passagem subiu para R$ 4,25, foram perdidos 10 milhões de passageiros.
Os números foram divulgados pelo Sindicado das Empresas do Transporte Coletivo de Curitiba (Setransp). Considerando-se que as empresas são remuneradas pela tarifa técnica da ordem de R$ 4,00, a diferença representa uma queda de faturamento de cerca de R$ 40 milhões.
Por que caiu tanto? As explicações são infindáveis, mas a principal razão foi mesmo a alta exagerada da tarifa paga pelo usuário, que subiu de R$ 3,70 para R$ 4,25 numa só pancada e em vigor desde fevereiro. Acrescente-se a isto a recessão, o desemprego, a decadência da qualidade do sistema e a concorrência do transporte individual, e se terá noção mais clara do problema.