Ônibus: greves eram combinadas

O Ministério Público do Trabalho acusa o sindicato da empresas de ônibus e o de motoristas e cobradores de combinarem a deflagração de greves do transporte coletivo de Curitiba para pressionar a prefeitura a aumentar a tarifa. Dez empresas também foram acusadas de participar do esquema.

A procuradora Margaret Carvalho pede que os dois sindicatos e as empresas acusadas pague, cada um, R$ 1 milhão a título de danos morais coletivos, causados à população pelas greves e pelos aumentos das passagens. A ação conjunta, segundo a procuradora, configura locaute, greve combinada entre empregadores e trabalhadores, artimanha proibida pela legislação.

Segundo reportagem da Gazeta do Povo, assinada pelo jornalista Felippe Anibal, a ação civil pública aponta que as greves começavam a ser gestadas com a alegação (falsa, segundo o MPT) do sindicato das empresas de que não haveria condições financeiras para pagar os salários, vales ou 13º salários dos motoristas e cobradores. De acordo com a procuradora, as empresas e os sindicatos provocavam nos trabalhadores a ideia de que precisavam fazer greve para que não houvesse atraso nos pagamentos. Margaret afirmou que as empresas chegavam a atrasar propositalmente os salários para criar “pânico real” nos motoristas, a ponto de levá-los a aderir à paralisação total.

O Setransp, sindicato das empresas, não se manifestou por não ter recebido a notificação. Já o Sindimoc, que representa motoristas e cobradores, repudiou o que classificou de “calúnias” da procuradora.

3 COMENTÁRIOS

  1. Combinado?!? Até acho que as empresas provocavam as motivações para as greves, com aqueles calotes nas datas de adiantamentos salariais. Porém, essa acusação de conivência é muito grave e carece de provas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui