O trauma da polícia no Palácio

(por Ruth Bolognese) – A entrada dos agentes da Polícia Federal no Palácio Iguaçu é uma situação inédita, traumática e que vai repercutir em todo Paraná. Quebra o protocolo institucional do mais importante símbolo de poder no Estado, onde malfeitos e irregularidades, por elementos condenáveis, jamais poderiam sequer se aproximar.

É a Casa onde o direito de trabalhar foi dado pela maioria dos votos dos paranaenses a um só homem, o governador. Esse voto coletivo de confiança inclui o eleito e quem ele escolhe para comandar o Estado de dentro das janelas envidraçadas do edifício.

Quando policiais da maior operação de corrupção em andamento no País, em sua 48.ª etapa, adentram o Palácio Iguaçu é como se o voto do confiança de todos os paranaenses fosse em vão. E jogado no lixo.
Não se tem, na história recente do Paraná, nenhum episódio em que a Polícia Federal tivesse entrado pela porta principal do Palácio Iguaçu para investigar corrupção.

Nenhuma justificativa do próprio governador Beto Richa, nem de seus principais assessores, vai apagar a imagem que surpreendeu o Paraná: e não se fala aqui de fotografias ou filmagens.

É do símbolo que se trata. É da Policia Federal passando pelas colunas e entrando pela imensa porta principal do Palácio Iguaçu, com mandados de prisão e de investigação, que choca os paranaenses e vai perdurar anos a fio.

Nenhum governador, e muito menos o filho de José Richa, um homem probo e austero, deveria ter dado motivos para essa cena. O Palácio Iguaçu merece respeito e dignidade.

1 COMENTÁRIO

  1. É isso que dá filho incompetente querer agradar a memória do pai, tentando ser igual. Para comandar um estado da federação, é preciso ter competência. Mas foi eleito democraticamente, né? Culpa dos paranaenses.

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