O jornalista Luiz Geraldo Mazza, em sua coluna na Folha de Londrina desta quarta-feira, estranha o silêncio dos empresários paranaenses frente aos aumentos de impostos do governo estadual e do município de Curitiba:
Paralisia
O que houve com as nossas entidades conservadoras que se calaram num momento agudo de alta de tributos no Estado e na prefeitura da capital, aquele no caso das micro e pequenas empresas que chegou a dar alarido, e nessa em tributos como o ISS e IPTU. Numa recessão, a crise tem que ser partilhada, jamais porém com o silêncio, a omissão. No tempo de Carlos Alberto de Oliveira e Oscar Schrappe Sobrinho, a bronca estaria armada. No governo Lupion, Schrappe pregava abertamente o não pagamento de tributos, crime previsto na LSN (Lei de Segurança Nacional).
Para complementar a nota do Mazza: cinco das sete entidades empresariais do Paraná, que formam o G7, se manifestaram favoráveis ao aumento dos tributos sobre pequenas e micro empresas, inscritas no Simples Nacional, desde que as altas não ultrapassem 20% (o governo quer 25%).
Apenas a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e a Federação das Associações Comerciais e Industriais do Paraná (Faciap) se manifestaram contra qualquer aumento, no que foram seguidas pela OAB/PR.
Que se pode esperar de um empresariado que (com raríssimas exceções) faz olhos de mercador à monstruosa corrupção público-privada lesa-pátria apurada pela operação Lava-Jato (mensalão, petrolão, etc) onde as maiores empresas nacionais lideraram esquema estarrecedor, ainda não desvelado inteiramente, de corrupção nacional e internacional ?
Estão com a panela enfiada no cu.