Todas a principais demandas das empresas de transporte de carga e de caminhoneiros autônomos foram atendidas por um Michel Temer em estado de pânico diante da dimensão dos estragos econômicos e à imagem do governo causados pela paralisação.
No entanto, nesta segunda-feira (28), oitavo dia consecutivo do movimento, registram-se ainda 556 pontos de caminhoneiros parados em todo o país. O Paraná é o estado que mais tem ainda pontos de paralisação das rodovias – apesar, também, de o governo do estado ter somado às medidas nacionais algumas de ordem local, como o acréscimo de quatro centavos na redução do preço do diesel.
O número de bloqueios parciais – isto é, que não impedem a circulação de outros veículos – é maior do que o registrado na sexta-feira, quando se imaginava que o movimento estava no auge. Exército e polícias militares agem com cautela, garantindo apenas o abastecimento de bens essenciais .
Ainda não se restabeleceu o abastecimento; portos e aeroportos operam à meia boca. Ceasas, feiras livres praticamente paralisados; supermercados com prateleiras vazias; refinarias emparedadas, postos de combustíveis com tanques vazios; escolas sem aula; transporte público funcionando no limite; preços em disparada…
Enquanto isso, os caminhoneiros, sem lideranças definidas para conduzir os protestos, ampliaram suas reivindicações. E da economia passaram para a política, com manifestações, por exemplo, em favor da deposição do governo e intervenção militar.
A pergunta é: o que esperar daqui para a frente?