O pensamento vivo do chanceler de Bolsonaro

O ministro das Relações Exteriores escolhido por Jair Bolsonaro, embaixador Ernesto Araújo, faz parte dos quadros do Itamarati há 29 anos – tempo que, com certeza, lhe daria experiência para exercer agora o mais alto posto da carreira.

Diplomacia, diz o senso popular, é a arte de se bem com todos. Por isso, o Instituto Rio Branco, onde se formam os diplomatas, ensinam uma linguagem universal onde tudo se pode dizer menos tomar posições dogmáticas e inflexíveis – aquilo de não ser contra nem a favor, muito antes pelo contrário.

Mas Ernesto Araújo foge deste padrão. É um diplomata que tem posições “pão-pão, pedra-pedra”. Suas opiniões são públicas. Ele tem um blog de nome Metapolítica 17, criado bem bem da eleição de Bolsonaro, mas já com o número do candidato de sua preferência no título.

Nele expõe o que pensa do mundo, do Brasil, dos líderes mundiais, das ideologias. É francamente de direita e não tem medo de subverter as regras do que hoje se considera “politicamente correto”. E já na apresentação do seu blog assim se define:

Quero ajudar o Brasil e o mundo libertar a ideologia globalista.

Globalismo é uma globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural.

Essencialmente é um sistema anti-humano e anti-cristão.

A fé em Cristo significa, hoje, lutar contra o globalismo, o último é uma combinação entre o homem eo homem, o homem tornado e Deus irrelevante.

O projeto metapolítico significa, essencialmente, abrir para a presença de Deus na política e na história.

A partir desse ideário genérico, escreve artigos que vão desde a contestação da ideia de que o planeta está sendo vítima do aquecimento global – uma balela de inspiração esquerdista para enfraquecer as prósperas economias capitalistas do Ocidente -, até a críticas ao PT e elogios a presidente Donald Trump.

Sobre o PT, diz:

Não há nada que o PT odeie tanto quanto a liberdade: liberdade econômica, liberdade de pensamento, liberdade de expressão. 
Isso porque o PT, fiel ao “belo ideal socialista”, odeia o ser humano.
Deixado a si mesmo, o ser humano cria e produz, ama e constrói, trabalha e confia, realiza-se e projeta-se para a frente.
Então não pode. O PT (que aqui significa não apenas “Partido dos Trabalhadores”, mas também Projeto Totalitário ou Programa da Tirania) não pode deixar o ser humano a si mesmo.

Sobre Trump e o que ele inspira para o Brasil, afirma:

“O presidente Donald Trump propõe uma visão do Ocidente não baseada no capitalismo e na democracia liberal, mas na recuperação do passado simbólico, da história e da cultura das nações ocidentais. A visão de Trump tem lastro em uma longa tradição intelectual sentimental, que vai de Ésquilo a Oswald Spengler e mostra o nacionalismo como indissociável do Ocidente. Em seu centro está não uma doutrina econômica e política, mas o anseio por Deus, o Deus que age na História”.

E completa: “Não se trata tampouco de uma proposta de expansionismo ocidental, mas de um pan-nacionalismo. O Brasil necessita refletir e definir se faz parte desse ocidente”.

6 COMENTÁRIOS

  1. Deem um tempo aí e parem com esse mimimimi. A esquerda aprontou tanto, tanto que chegou ao maior roubo do mundo moderno e ainda depois disso ou apesar disso obteve mais de 40% de votos. Nomeou para a chancelaria um comuna de carteirinha que lambia as botas dos castros, a craca do índio morales e outros mini ditadorzinhos da latrinoamérica e nada de chiarem. O Mito sequer assumiu e os senhores detonando suas escolhas?! Deixem o homem trabalhar primeiro depois, talvez e quiçá de Cuba ou Caracas vcs enviem sinal de fumaça criticando.

  2. Well, repito aqui o que disse a todos os meus amigos que eram fanáticos pelo Coisonaro ou pelo “poste do Lula”: votem em qualquer um menos neles, porque QUANDO der errado, escolham outros ombros para chorar, que não os meus. Estarei mais puto do que vocês. E que Deus tenha pena do Brasil, como disse o brilhante Eduardo Cunha.

  3. O sujeito é um cabo Daciolo com diploma do afamado Instituto Rio Branco. Um Jim Jones no Itamaraty. Só falta nomear o Waldir Rossoni para ministro da Cultura.

  4. ContraPonrto tentando inutilmente se desvencilhar do que ajudou diuturnamente a criar ao alinhar o Blog ao que a imprensa de guerra mandou publicar.

    Este tipo de pensamento vai fazer enorme sucesso no Paraná, que entende que Relações Exteriores são as com o estado de São Paulo.

  5. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra… Extremismos, em sentido lato, têm sido historicamente situados no nebuloso universo destrutivo da desunião social, do conflito realimentado perenemente, da desagregação humana. Este axioma é mais que comprovado através dos séculos e ratificado, na prática, pela perene dissidência humana: “há governo? sou contra!”.
    Não é por essa tortuosa senda que iremos resolver nossos gravíssimos (e cumulativos) problemas, mas sim pelo racional caminho da congregação em prol do bem-comum. Nosso planeta está desintegrando-se entre posições antagônicas extremistas que nunca, nem em sonhos, foram, são ou serão construtivas, mas sim essencialmente desagregadoras.
    Se é isto que desejamos, então estamos no caminho certo e prontos para implodir como espécie humana!

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