Pouca gente sabe, mas o jornalista William Waak deve grande parte de sua criação e de sua formação profissional ao também jornalista Oliveiros Ferreira (foto), editorialista e editor do jornal O Estado de S. Paulo por longos 47 anos, falecido no mês passado aos 88 anos.
Oliveiros, um afro-descendente que nunca negou suas raízes, foi casado por mais de 30 anos (1965 a 1999) com a mãe de William, adotando-o como filho e encaminhando-o para a vida profissional.
Com isso, aumenta a surpresa com a polêmica declaração do apresentador do Jornal da Globo e entrevistador na Band News ao se referir ao buzinaço que o atrapalhava pouco antes de iniciar uma entrevista ao vivo em Washington, no dia da vitória de Donald Trump, como “coisa de preto”.
William Waak estaria renegando seu passado?
Esse negócio de “politicamente correto” está deixando a vida um saco. Tudo é motivo de ofensa a alguém ou alguma instituição. Tenho amigos católicos, judeus, muçulmanos, agnósticos, pentecostais, umbandistas e vivemos fazendo piadas uns com os outros. Não são consideradas ofensas,
O ministro Ricúpero caiu por um comentário bobo fora do ar, na mesma Gloebells que agora queima o Waack.
Na UFPR tem uma comissão, que atua antes da primeira fase do vestibular, avaliando se o candidato a cota por ser afrodescendentes é de fato descendente de um africano ou não, se é cafuso, mulato, mameluco. Mas eu não sou dessa comissão, só estou citando pq eu fiquei intrigada com esse pai preto do waack. Não acho que seja preto de jeito nenhum. E enfim, acho que o William devia dizer: foi força de uma péssima expressão, me desculpem. Eu sei que é errado o UE ele falou, foi um péssimo ditado que se aprende criança e já está caindo em desuso, deverão raro que se fala. Ele merece perdão e a tal Lulinda TB. Já encheu o saco perseguir negros e ser perseguidos por eles.